E mais uma vez o tempo lá fora reflete o tempo aqui dentro. Sinto-me sufocada, pensante, introspecta, saudosista, alegre e confusa.
Afinal, o tempo corre, avança, sem pena de nós-pobres mortais que buscamos incessantemente atrasar o relógio de nossas vidas, atrasar a 'hora final', a 'hora da despedida', a 'hora do fim'.
Fechamo-nos perante os dissabores aos quais nos submetemos.
E temos medo.
E aflições.
E acabamos fechando nossos corações para novas descobertas, novos caminhos, novos amores.
Digo por mim mesma - como já me fechei há tempos - que não compartilho mais destas ideias.
Quero aventurar-me.
Quero me esquecer das vezes que despedacei meu coração.
Esquecer das inúmeras lágrimas.
Esquecer dos momentos que o amor-próprio foi esquecido.
Esquecer dos castelos de areia que o mar levou.
Quero apenas viver.
Quero conseguir me abrir de novo.
Quero deixar alguém entrar.
Quero reaprender a ser mais sensível.
Quero conseguir trazer à luz tantos de meus sonhos.
Sim, vou me abrir. Basta!
A vida é efêmera demais para que deixemo-la escapar por entre nossos finos dedos.
Ficar presa a inúmeros livros e obras literárias de nada me vale além do conhecimento maravilhoso que posso adquirir ao longo do tempo.
Basta de me esconder em meio a livros, e manuscritos guardados e ideias que não deixam o Mundo das Ideias.
Basta!
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